Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Miss Gemini's Blog

Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras... Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.

Miss Gemini's Blog

Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras... Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.

Growing

jAdjOMjbWn.png

 

- Estás feliz?

A pergunta que o mundo quer calar. E qual é a pergunta que nos faz descer às nossas profundezas que o mundo, como quem diz a nossa mente, não queira calar?

Todos queremos evoluir e todos sabemos que evoluir dói. Nem todos sabemos que a evolução não depende da nossa vontade e nem todos, ou nem sempre, estamos prontos a admitir que, ao contrário do que a sociedade prega de que devemos ser gratos e felizes e leves, nem sempre estamos nesse estado.

Podemos até saber que devemos dar graças pelo teto das nossas casas, pelo dinheiro que nos paga a luz, o banho quentinho e o conforto da nossa cama, o amor de quem nos rodeia e a saúde que temos para trabalhar, a vida de mais um dia.

Nós sabemos. Mas não conseguimos. A luz parece inacessível no fundo do túnel que descreve o nosso caminho, o sorriso não vem naturalmente , as borboletas emigraram para bem longe e o entusiasmo perdi-o de vista. Passa a haver uma luta entre o

'Devia estar feliz pelo que conquistei.'

e o

'Andas triste, o que se passa (desta vez)?'.

 

A luta de uma ansiosa que sabe ter tudo o que precisa mas não vê prazer em nada. Aparecem os dias em que apetece mudar tudo, começar do zero, mas não sabe o que lhe falta,  porque sempre falta, porque nunca chega.

"E se o mal é meu por não reconhecer o bem?

E se o mal é meu por não valorizar o que tenho?

Todos tão felizes no seu propósito e eu continuo numa busca (incessante) pelo meu... que ingrata eu sou."

 

A vida mudou nestes últimos meses, e eu cada vez mais ansiosa, cabisbaixa, triste e insatisfeita. Descarrego no trabalho, nos amigos, na família. Mudo de trabalho, levo umas quantas chapadas, percebo que nada é garantido, nem família, nem amigos, nem respeito ou consideração. No mundo tudo é permitido hoje em dia e os sentimentos ou dedicação perderam todo e qualquer sentido, e temos que estar prontos para isso.

Com isto percebo também que não sou obrigada a aceitar o que apetece aos outros. Não pago esse preço para ser aceite. Não mais.

Foi nesse dia que algo mudou em mim, no dia em que deixou de me cortar o peito, e marcar as olheiras. Perdi a vontade de me justificar. Perdi a necessidade de me culpabilizar. Aceitei a possibilidade de ter uma imagem distorcida de mim. Percebi que devo ser mais compreensiva com as dores dos outros, sem as absorver. Afinal, só compreendemos sem esforço aquilo pelo qual já passámos mas nunca passamos todas as dores do mundo.

O sorriso começa a aparecer sozinho, o ideal de vida adapta-se à realidade, as prioridades estabelecem-se e a necessidade de tratar de mim aumenta.

Hoje sinto que ninguém é para sempre. Hoje sinto que as dores não são para sempre. Assim como os momentos bons. Hoje vejo que relativizar é a chave e que aprender isso não depende só do querer. Soltar um riso no meio do choro é o que me faz forte e aquilo em que acredito hoje posso não acreditar mais amanhã. E está tudo bem. Não tenho que provar nada a ninguém. Não tenho que esconder tal como não tenho que mostrar.

A nossa vida é a nossa obra de arte, é para te fazer feliz, é o que tu fazes dela!

Largar um livro a meio porque não me seduziu. Passar um tempo sem ler ou ouvir podcast ou me instruir dando-me simplesmente o direito de estar, em paz. Não gostar da musica TOP nacional. Não seguir o plano alimentar à risca. É um direito meu. Não tenho que seguir padrões, não tenho que encaixar. Não tenho que absolutamente nada e hoje percebo que tenho tanto para conhecer em mim.

Os pesos desaparecem de dia para dia. O que era peso hoje é prazer. Vi que só depende de mim decidir se faço por prazer ou por favor. Sentir solidão ou prazer em ter um tempo para mim. Vitimizar-me ou dar graças por tudo o que a vida me deu.

Não sei se se identificam (nem se leram este 'testamento' até ao fim), se como eu perderam a identidade no meio de tanto frufru ao qual temos acesso hoje em dia, mas se foi o caso, desejo que um dia se sintam livres para simplesmente se conhecerem e serem. Porque ninguém morre por não ser popular, ou por não ter a aprovação de todos, ou por ser quem é.

Desviei-me e deixei-me levar pelo que devia ser, esquecendo-me de quem era realmente. Espero que dentro de vocês algo desperte...

o direito a serem livres, de fazerem as vossas proprias escolhas.

 

S.

O que tu mereces

 

Olha bem para a tua historia. As tuas batalhas, as tuas lutas, as tuas derrotas.

Olha bem...

Um dia bate-te a mil que mereces tanto quanto tens para dar.

Um dia bate-te a mil que não tens que aceitar migalhas ou mesmices ou merdinhas ou atitudezinhas pela metade.

Mereces sentir-te a mais, a melhor, a unica, a ultima bolacha do pacote.

Mereces quem te apoie, quem te ajude, quem não hesite em expor o seu orgulho.

Mereces olhar para aquela pessoa e sentir que podes ser melhor por ela, porque ela merece.

Mereces quem te respeite, quem te valorize, quem não deixe espaço para desconfianças.

Mereces quem te aceite, te complete, te acrescente e te encha a vida de certezas.

Mereces quem te queira tanto quanto é querido, quem pense no teu bem estar como tu pensas no dele.

Mereces sentir-te em paz de coração cheio e saber que a tua vida está invariavelmente melhor com ele.

Porque na verdade, mulheres completas, não é qualquer um que as (e)leva.

E tu mereces.

Aprendeu

1494713814_cropped.jpg

 

E aprendeu. Tantas levou que aprendeu.

Aprendeu a dar menos importância. Aprendeu a não deixar o coração apertar por qualquer coisa. Aprendeu que desilusões não matam e que para as evitar basta não criar expectativas. Aprendeu que não se pode obrigar ninguém a dar, e ainda menos a receber. Aprendeu que não tem que correr atrás de tudo ou todos. Aprendeu que dizer não é necessário e que as vontades dela também têm valor. Aprendeu a sorrir, e a rir, sem se culpabilizar. Aprendeu a fazer tudo por ser feliz, em vez de fazer tudo para ver feliz.

Há quem lhe chame crescimento, maturidade ou até egoísmo. Mas visto que ela agora pouco quer saber da opinião alheia, ela acha-se simplesmente no caminho certo, mais certo que nunca.

E não é que dói muito menos?...

Aprendeu. 

 

S.

Redes sociais - o desabafo

193786_S.jpg

 

Não sei nem porque escrevo sobre isto. Hoje. Não é meu hábito mas estou chocada.

Tenho passado imenso tempo nas redes sociais, demasiado admito. E cada vez fico mais incrédula com o que vejo.

Eu sou o género de utilizador que vê, absorve, pesquisa, mete likes no que gosta, partilha de vez em quando o que lhe apetece mas raramente comenta. E se vejo algo que me parece disparatado reajo na cabeça mas não passo para o écran. Estimo que cada um tem o direito à sua opinião e que essa "guerra de comentários" em nada contribuirá para a minha felicidade. Nem da outra pessoa.

E fico, cada vez mais incrédula com a frieza, falta de educação e abuso que algumas, grande parte, das pessoas têm atrás de um computador.

Dão-se ao direito de criticar, rebaixar, chamar nomes e maltratar outras pessoas de forma gratuita e sem motivos, a não ser a outra pessoa ter uma opinião diferente da sua.

Acabo de ler comentários numa dessas charadas de "descobre o resultado final" que se vê tanto pelo facebook.. uma menina comenta o que acha ser o resultado e uma senhora vai e responde ao comentário dela com um valente "vai aprender a contar". Estou chocada. Este género de "veneno gratuito" incomoda-me.

Tanto pela menina que leva com uma resposta destas o que certamente lhe animou a manhã .. como pela senhora que certamente é uma pessoa muito amarga no dia-a-dia. Isto não passa de um exemplo no meio de tantos que se vê todos os dias.

Como é possivel distribuir "veneno" assim? Como é possivel as pessoas acharem-se no direito de diminuir, criticar e deitar abaixo alguém que grande parte das vezes nem conhecem? Onde está o respeito? A boa educação? O bem nas pessoas?...

Não pensam em distribuir o bem, os elogios, o reconforto com a mesma facilidade com que distribuem o mal? Será realmente que são felizes assim? Será que passam o dia a levar com críticas dos outros ? E mesmo que seja o caso, isso dá-lhes o direito de distribuir ódio ou rancor por onde passam?

Estou chocada.

Parem o mundo que eu quero sair.

 

S.

Meio termo

rocks-985599_1280.jpg

 

Dizem que a vida se mede pelos momentos que nos deixam sem respiração. Concordo.

É quando a pele arrepia, é quando falha o batimento cardíaco, é quando o medo nos invade e a força nas pernas se vai que se vivem os momentos que ficarão na memória e farão tudo valer a pena. É quando nos entregamos de maneira a deixar de querer saber o nosso nome, porque não precisamos, porque sabemos quem somos e com o que vamos seja qual for o nome que lhe queiram dar. É quando falha a voz, o peito dispara com um som, com um cheiro, com um toque. É quando tudo perde interesse a não ser aquele momento que nos é tudo ali e agora.

Mas... e em tudo há um mas porque quem vive sem mas vive mais e bem melhor mas nao é o meu caso.

Como dizia... Mas... a alma também precisa de segurança. O corpo precisa de calma. O coração precisa de sossego. Afinal.. a vida já nos traz tanta merda não é? E como se faz para viver com tudo o que somos sem nos fodermos todos?

Tem que haver meia medida.. tem que haver um tudo de cacos, um pouco de muitos, um tanto de tudo.
Uma alma em rodopio constante não pode ser feliz ... e quando falta o abraço que reconforta? O sossego? A certeza de deitar a cabeca na almofada e saber que somos respeitados, que não estamos sozinhos, que é verdadeiro?

Mas não pode deixar de haver emoção... e quando a rotina impera? E nada faz o coração disparar, nada faz vontade?

Tem que haver um tanto de tudo.

Tem que haver tanto de ti e tanto dos outros. Ou não tem que haver nada mas é bom que haja.. porque eu digo-te, se não sabes, que quando nao há vontade, emoção e coração aos pulos , não há vida. E quando o furacao é demasiado grande ou longo, a alma procura paz e o reboliço perde a piada.

É quando consegues sentir o coração tranquilo mas o ar que falha, a consciência leve que leva ao arrepio, o sorriso rasgado sem medos... É ai que encontraste o teu lugar. Até lá.. andaste aos encontrões numa montanha russa... que vale o que vale.

 

S.

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.