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Miss Gemini's Blog

Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras... Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.

Miss Gemini's Blog

Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras... Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.

Loucos...?

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Quantas vezes já pensaste que chegaste ao teu limite, que nada valeria a pena, que estavas no limite da loucura?

 

Disseram-me que o ser humano não tem a capacidade de viver sozinho, que foi concebido para viver em sociedade e que vivendo em cativeiro facilmente enlouquece. Questionei-me na altura.. mas hoje sinto que até deve ser verdade.

 

Será possível alguém enlouquecer por falta de interacção? Por falta de humanos com quem conversar? Por falta de vida após o trabalho? Se calhar...

 

O meu interesse neste momento é só um.. fugir disso! Sabendo eu pertinamente que estou longe de enlouquecer por falta de socializar mas no fundo de mim penso "não vá o diabo tecê-las".

 

Haverá uma depressão antes de enlouquecer? Haverá um sinal? Sentirá um louco que está louco ou será como os toxicodependentes que tudo controlam e os bêbados que ainda se acham sóbrios? 

 

Não seremos nós todos loucos, cada um à sua maneira, vivendo e aprendendo a gerir a sua loucura? Vivendo e identificando-se com quem melhor se adapta a ela? Prefiro pensar que sim. Somos todos loucos, um mundo cheio de loucos, não estou sozinha.

 

S.

Pela mão

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Hoje era o dia em que mandava foder o mundo e me perdia nos teus braços, no teu colo, no teu beijo, no teu toque. Gosto que a palavra mais usada tenha sido "teu" afinal para além de minha não sou de mais ninguém senão tua.

 

Hoje era o dia em que te agarrava pela mão e te fazia o homem mais feliz do mundo, ou pelo menos prometia tentar. Até porque fazer um homem como tu feliz não é tarefa fácil. Pessoas completas não são fáceis de fazer feliz. Precisam de muito sentimento e verdadeiro, gestos verdadeiros e aquele "qualquer coisa " que só acrescenta, quando sentes, quando queres, quando amas com tudo o que tens. É mesmo isso, pessoas completas precisam de quem acrescente. Mas se assim é parece-me fácil fazer-te feliz.. verdade e sentimento é coisa que não falta deste lado, e desse também não. 

 

Deixa-me levar-te pela mão, paramos na mesa 4, tão nossa, ou numa bagageira qualquer, bebemos esse café que demorou meses a chegar, e que se tornou tão nosso, e deixamo-nos navegar pela praia, essa nossa confidente, até ao nosso mundo , tão nosso.

 

Hoje era o dia em que te pegava pela mão, mandava calar o mundo, ou oferecia-lhe flores em agradecimento por me ter permitido cruzar-te, e te tentava fazer feliz, prometo que tentava.

 

S.

Errar

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Vivam, sejam felizes, soltem o que não vos agarra, soltem-se, atrevam-se, ousem, arrisquem, deixem as hipocrisias, falsidades, o 'tens que', 'deves', 'parece bem'... Qual a parvoíce de escolher fazer algo que não nos faz bem? Qual a estupidez de perder o que temos de mais precioso, o nosso tempo, com algo que nos magoa ou nos limita a ser incompletos? Não basta já as funções a que a vida às vezes nos obriga? E o nosso tempo livre? Qual a piada de viver com essa loucura semi-cerrada dentro de nós ? É peso desnecessário, é impedirmo-nos de sermos soltos, leves e felizes. Deixa sair essa loucura, deixa viver os teus instintos, permite-te fazer o que queres, o que sentes, no momento, por muito estúpido que pareça. Dá-te ao luxo (não deveria ser um luxo sequer) de cantar em público se te apetece, de dançar no meio da rua, de te atirares ao mar numa noite qualquer, de sair de casa às 5h da manhã só para ires ver o nascer do sol a beira mar, de abraçar alguém sem motivo... Se te apetecer fá-lo! E esquece.. Tudo o que te prende, tudo o que te maguou, tudo o que te transmite negativismo, porque o veneno só faz mal a quem o engole.

Não são os outros que sofrem as tuas dores, não limites a tua felicidade em função deles. Vive 💚 

 

S.

Distâncias

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O pior nesta vida sabes o que é? A distância. Sem duvida, a filha da mãe da distância. Essa que se mede em quilómetros... e em anos... e em silêncios... e em mágoas. A distância que te separa de quem mais amas, daqueles que deixaste para trás em busca da tua cura para te mostrar que a tua doença tinha sido ires embora. Essa que te impede de sentir a pele, o cheiro, o toque, o carinho, o amor. Não deveria ser pecado separar pessoas assim? Quem inventou a distância podia ir dar uma volta ao bilhar grande! E ficar lá, sozinho, para saber o que dói.

A distância que se mete entre dois telefonemas ou duas mensagens como se os minutos se tornassem horas, como se os dias tivessem o poder de cortar cada sonho teu quando te avassala a vontade do abraço, do sorriso, o som de uma palavra ao teu ouvido. A distância, madrasta, que separa o que foi do que é ou do que sera. A distância que dá outro sentido à palavra saudade, e outro peso, filho da puta de aguentar. Mas aguenta-se.. como diz o nosso querido Pedro Chagas "é insuportável. Mas aguenta-se." E aguenta-se... a amizade que se perdeu, os momentos dos quais abdicaste e continuas a abdicar, os sorrisos que não deste, o coração leve de quem vive rodeada de quem precisa para ser feliz que já não tens.

E abdicas, e aguentas, e sofres, e sorris... pura teimosia para não deixares a vida ganhar... mas a distância não perdoa, e sabe o efeito que tem. Um dia vencerás tu, acreditas mesmo que sim, ate lá ganhas coragem, porque admita-se que é preciso uma coragem danada para recomeçares tudo outra vez, para te reencontrares outra vez, para te reabituares a tudo outra vez. Mas não a deixes ganhar... não achas que 6 anos são suficientes? Ambos sabemos que não... mas um dia vão ser, e nesse dia, que não te falte a coragem para mostrar à vida quem manda, que é como quem diz, tu.

 

S.

Fazes parte

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"De que me vale o corpo se não for para te abraçar"... Tão lindo quanto verdade.

Esse abraço que me desarmou desde o primeiro, esse à-vontade que me faz sentir tão eu, esse sorriso tão envergonhado quanto sincero, esse toque que me tira o ar e mexe com tudo o que há em mim. É loucura, é ânsia.. os dias passaram a ser ânsia de te ver, de te ler, de te ter. Mexeste com o meu mundo, mas antes disso, e bem mais importante que isso, mexeste comigo.

E sabes tu que são estes amores os mais perigosos? Aqueles que não começam com um corpo, com uns olhos bonitos ou com uma bebedeira e muita carência. Aqueles que começam com um "identifico-me", com um "ele/ela é incrível" ou um "puta de carácter, invejo e admiro".. Esses são fodidos. Porque não se baseiam num corpo que corpos há muitos, não se baseiam num olhar que amanhã desaparece ou num desejo que não passa disso mesmo. Nem se limitam aquele "gosto muito mas passo bem um dia sem", "adoro mas hoje gostava de ficar sozinha/o"... Não.

Os fodidos são os que nos arrebatam sem nos apercebermos, sem estarmos à espera, sem aparecer sequer o desejo primeiro. São aqueles que, por muito que tentes, nao te saem da cabeça, onde até os silêncios são agradáveis desde que possa estar simplesmente a olhar-te, em que o dia só ganha sentido depois do teu bom dia, em que é impensável não te escrever assim que acordo e sei que fazes o mesmo.

Pensava eu que já não encontrava pessoas assim, pensava eu que teriam de ter 50 anos para dar valor ao mesmo que eu. Pensava eu ser uma insuportável e incompreensível apaixonada por besteiras. Pensava eu ser a única a acreditar e desejar um amor à antiga.. com respeito, esforços, dedicação, carinho, cedências, gargalhadas, luta, felicidade, honestidade, e principalmente, amor. Até que tu apareceste. De fininho, sem eu dar por ela, nem tu.. E de repente um dia sem ti era pesado, o sorriso não era tão fácil. E de repente a preocupação era desproporcional à nossa "relação". E de repente o sol brilhava mais quando tu aparecias. E de repente dizes-me um "parei o mundo e saí sozinho" e o meu mundo parou. Parou, como se de mais nada servisse ele orbitar. Parou, como se o combustível tivesse acabado. Parou, como se tivesse deixado de existir qualquer vontade para o que quer que fosse.

Do que vale ser se tu nao vês, não estás, não sentes?... E aí vi, que já estava. Numa daquelas bem fodidas, bem reais, bem verdadeiras. Custou a aceitar admito.. Custou a perceber que não podia enganar-me mais. Aqueles detalhes... como o reparo de alguém que te vê todos dias e te diz q andas mais feliz... Como não te lembrares da última vez que te sentiste desmotivada ou abafada com aqueles problemas tao teus... Como ires às tuas redes sociais e perceberes que as tuas fotos desde então são com um sorriso inexplicavelmente leve, sentido, feliz. E até nisso foi perfeito, eu assumi para mim, insinuei para ti, e tu mostraste me o que eu mais queria ver.. Era recíproco. Estávamos os dois... fodidos... Mas tão felizes. E o que custa estar fodido se se está feliz? E o que custa estar apaixonado se se sabe que se encontrou o sitio ao qual se pertence? E o que custa ter medo se se sente que é possível.

Hoje, conosco, não sou feliz só quando estás, sou feliz sempre, sempre... Porque sei que te tenho. Não estou nem a passar uma fase feliz, porque ser e estar feliz são coisas bem diferentes e eu sou e sinto me irremediavelmente feliz. Deixei te para trás, e não podia sentir-te mais perto. Estás aqui, em mim, exactamente como começou, exactamente como tinha que ser. Continuas a sentir-me aí? Na mesa 4? Na nossa mesa, no nosso mundo, na nossa loucura? Espero que sim... Porque tu continuas a fazer parte de mim. Respiro fundo e é como se só tu existisses naquele momento. Tu, que é como quem diz, nós. O corpo treme, a alma treme, o sorriso aparece e não há nada que pare estas 324000 borboletas em mim. Se te quero? Muito. Se te deveria querer? Não tanto. Mas quero.. Quero estar contigo, quero ter-te, quero fazer te feliz, quero ver te brilhar a meu lado, quero.. Quero tudo.

"Há qualquer coisa de insuportavelmente bom quando dizes que sou teu" parece me uma boa definição de amor e isto basta-me para definir o que quero, o que preciso.

 

S.

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