Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras...
Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.
Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras...
Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.
Deixei-te um livro, o último que me ofereceram e do qual não tinha acabado nem o primeiro parágrafo quando o meu nome saiu pelos altifalantes da sala de espera. E deixei-to como quem tenta tranquilizar a culpa de não poder fazer mais nada.
E deixar-te aí, pedindo a todos os deuses que te agarres a esse livro esta noite e mo devolvas amanhã com esse sorriso nos lábios e com a certeza de que não lhe ligaste porra nenhuma mas que soubeste ser um acto de amor. E impotência.
Deixei-to e deixei-te, mas só até amanhã, prometo.
Não, não é dia dos irmãos. Não é o teu aniversário, nem o meu, nem tão pouco o dia da amizade ou do beijo ou do abraço. Qualquer um deles te podia ser dedicado.
Mas hoje... hoje é o teu dia.
É o dia em que mereces que te diga o quanto te amo e me orgulho de ti. É o dia em que mais uma vez acordo contigo no pensamento e peço até a entidades nas quais não acredito que te metam este sorriso lindo na cara e que não o deixem sair. Peço que aguentes, que esperes, que entendas. Que não te falhem as forças, e que se falharem saibas recorrer a mim. Que não hesites em por-te às minhas cavalitas, eu carrego, eu levo, eu quero. Peço ainda mais pelo dia em que esse sorriso virá de dentro, sempre, todos os dias, livre, leve, solto e feliz. Genuinamente feliz.
Sei que nem sempre te digo ou mostro. Sei que às vezes o meu mau feitio impera e a imaturidade tambem. Mas tambem sei que és o meu orgulho. Sei que és o que mais amo no mundo, e no outro, e no outro. Sei que foste o melhor presente que a vida me deu. E amo-te. To the moon and back ☆
Raramente me dizes que me amas, raramente me dizes que me adoras, mas a cada abraço eu sei que o teu coração se enche por me ter perto de ti. Raramente me mostras o quanto me queres aí , é de família, parece, esse escudo que criaste e que eu compreendo tão bem, mas que está difícil de quebrar.
E hoje, logo hoje, que ando carente do teu mimo como um bebé precisa da mãe, ou eu em criança precisei de ti. Logo agora que te preciso como há anos te preciso porque a criança foi mas a necessidade de ti ficou. Logo hoje, me vens pedir desculpa por uma ninharia de nada e me sacas de um "tivémos tantos anos separados que não quero que te chateies comigo outra vez". E foi a forma mais subtil, linda e poderosa de me mostrares que me amas.
É muito amor, é muita compreensão, é muita prova superada, é muita luta o que nos caracteriza. Foram muitos anos separados, mas só quem ama muito poderia hoje, logo hoje, sentir que nada foi perdido, que nos recuperámos, que nos temos como se nunca nos tivéssemos separado.
Sei que tens medo, sei que a ideia de estares enganado a meu respeito ainda te persegue, sei que os anos "chateados" deixaram mazelas, e que me amas mesmo se não mo dizes. E tenho a mais plena consciência, como to disse hoje, logo hoje, que o melhor desta minha aventura de emigração, foste tu, fomos nós, foi recuperar o teu amor e ter a tua presença na minha vida.
Esta lagrima ainda cai, mas hoje, logo hoje, cai por sentir o coração cheio, por me sentir realmente uma cheia de sorte. Sempre ouvi dizerem "tens mais sorte que juizo"... e talvez não estivessem de todo enganados. E hoje, logo hoje, não quero deixar nada por dizer. Se houve algo que eu aprendi foi a nao deixar mais amor por mostrar, não se sabe o dia de amanhã, e eu não quero correr de novo o risco de não to poder dizer, mostrar, fazer sentir. De não chegar a tempo.
Logo hoje, que sabes que outra separação nos espera em breve, quero que saibas que nunca mais te largo, esteja a 5 ou a 2000 km's, durante o tempo que for, hoje, estamos reunidos, estamos unidos, estamos gratos pelo que a vida fez por nós e nada me tira da ideia que se o destino me mandou por aqui foi para me trazer até ti.
Foste a melhor coisa que me aconteceu na minha passagem pela Suiça. Amo-te Pai.