Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras...
Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.
Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras...
Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.
"Vives de amor" dizes-me tu, e mal sabes o quanto já vivi sem ele. "E nem imagino o quanto já passaste" e se calhar não, e gosto tanto que nem imagines, sinal de que as cicatrizes estão maioritariamente saradas e que a capacidade de me entregar se manteve. "És movida a abraços" continuas tu, e sempre sem saber quanto medo vive em mim.
O medo, meu bem, essa besta que nos protege de sofrer a 1000... e de amar também. Essa besta que nos tenta impedir de nos darmos com tudo o que temos. Essa besta que nos lembra o quanto não devemos fazer da nossa felicidade responsabilidade de outro. Essa eu conheço. E não lhe dou ouvidos tanto quanto ela gostaria.
E tu ajudas. Sempre. Viraste o meu mundo do avesso e mostraste-me que o verdadeiro sentido da vida é, ainda é, encontrar o nosso lugar, amar, e ser amado, pelo que somos e pelo que fazemos ser.
E mesmo tendo a perfeita consciência de que não somos o outro, de que não o controlamos, nem a ele nem à vida, de que os sentimentos também mudam e de que nem sempre o nosso cuidado com o jardim chega para manter as borboletas... a vontade de amar com tudo o que tenho mantém-se, e supera o medo, chega mesmo a mandá-lo à merda.
Isso devo agradecer-te a ti e a este sentimento lindo que trouxeste contigo. E o teres dado sentido às palavras amor, namoro, respeito, compreensao, tambem.
Gosto de acreditar que o mundo é cheio de pessoas que amam e são amadas, de pessoas que se sentem no seu lugar como eu me sinto contigo, de pessoas que estão em paz com elas mesmas e com os outros.
Gosto de acreditar que és tão mais feliz comigo como eu sou contigo. Não, não te pus a minha felicidade nas mãos, não, não depende de ti o meu sorriso, nem tão pouco te dei o poder de me derrubar.
Mas dei, de todo o coração, por vontade - muita - e sem favor, o poder de amar e ser amado na mesma medida, a possibilidade de fazeres um sorriso mais feliz, de fazeres o amanhecer mais agradável e o anoitecer mais deslumbrado, de dares todo um novo sentido à minha rotina que te recebeu de braços bem abertos.
E gosto, gosto de acreditar que há mais pessoas a viver um amor lindo assim, um amor sem mimimis, merdas e apetrechos, sem complicómetros e com esta cumplicidade desmedida e inesperada.
Gosto de acreditar que será sempre tudo rosas mesmo eu sabendo perfeitamente que não mas tendo a certeza absurda que conseguiremos lidar com isso. Mas gosto principalmente de acreditar que te sentes amado e genuinamente mais feliz.
Leva-me contigo, na palma da tua mão, porque para loucos bastamos nós, e para apaixonados também.
Nunca sei como começar mas hoje está caótico. Tenho o corpo dormente, o coração desfeito e a alma insatisfeita.
Nunca sei como vou sentir, porque não sou de pensar nisso, e porque adoro que os sentimentos e emoções me dominem e surpreendam.
Gosto de estar à espera de sentir um friozinho na barriga e quando chega a altura ser arrebatada por uma falta de ar que só sossega nesses braços.
Gosto de achar que vai custar e que as saudades vão ser mais que muitas mas assim que me afasto e me encontro comigo mesma, ser invadida por uma dor e desespero tal que só consigo sentir que deixei o meu mundo para trás.
Gosto de me sentir viva, bem além do que eu imagino estar.
Este coração a mil, as mãos a transpirar, este vazio que me percorre o corpo, este silêncio ensurdecedor. Tenho o silêncio mais barulhento do mundo, dizes tu, talvez tenhas razão. Tu..? Tu tens o meu mundo nas mãos. Na verdade só preciso que o segures, e na mentira também.. 🌍🌈
Não me lembro da última vez que senti o meu coração a mil daquela forma. E perguntas-me: de que forma? Exacto... devo falar do dia em que me disseste que querias vir? Ou de cada vez que me envias um "all of them"? Ou do dia em que vieste? (esse foi sem duvida um dos melhores) Ou do dia que foste? Ou do dia em que me deixaste à espera no parque? Ou no dia em que "abusei" da sorte, que é como quem diz, de ti? Ou de cada vez que te derretes para mim e com a voz mais doce do mundo me dizes que me amas?... Em qualquer uma delas o meu coração dispara como não me lembro da última vez que disparou. E não fosse essa a ideia, a minha ideia, a nossa ideia, ao não renunciar a nós e a tudo o que tudo isto nos faz sentir.
Ainda estou para perceber porque marquei um abraço contigo na rodoviária. Sabes que os encontros nas rodoviárias são normalmente cheios de romantismo e cenas? O nosso não foi, nem para lá caminhava, mas foi bom, se foi bom.. esse abraço que nao me contentou e me tornou numa ladra de abraços, logo eu, uma moça tão contida.
Esse respeito que há muito não sentia, esse fascínio, cumplicidade e cuidado... desarmaram-me, admito. Essa sinceridade e brilhinho no olhar derreteram-me, esse ar de "não se passa nada, mas estou aqui que nem posso" atiçou-me e essa pancada da qual tu mandas acabou com o resto...
E cresce a vontade de passar horas e mais horas contigo, como se nunca chegasse. As horas iniciais sabem a pouco, tanto por descobrir, tanto por sentir, tanto por viver.. as vontades só aumentam, os nortes perdem-se e nada disso a incomodar-nos não fosse um telemóvel a despertar-nos para a realidade de uns quantos surfistas no mar e a necessidade de ir embora com horarios a respeitar.
Os dias passam, despedidas, corações a mil, altos e baixos, loucuras atravessam-nos o espírito na esperança de sossegar a mente e o corpo. E vens, e eu morro um bocadinho, que é como quem diz, renasço um bocadão, e vemos que não são só as horas iniciais que são agradáveis. Descobrimos que horas a ver um filme são boas, que horas a andar de carro são boas, que horas a dormir são boas, que horas em silêncio são boas, que horas a cantar músicas no youtube são boas, que horas a fazer o mais basico que a vida tem como compras ou o jantar... são boas. Desde que nos envolvam, desde que nos deixem estar perto, colados, ou despidos e cheios de amor.
Essa mão na minha... tens noçao da falta que ela me faz? Essa necessidade de me tocar o tempo todo, de me ter nos teus braços, de me dar aquele beijo no pescoço quando não estou à espera, de sentir o teu corpo colado as minhas costas e sentir que a minha vida parou ali porque a partir dali tudo é nos. Não sabes o bem que me fazes.
Vieste, arrebataste, amaste e deixaste gostinho de "quero mais". E quero. E queremos. E será, enquanto fizer bem, luv. Porque tudo é melhor quando é partilhado.
"De que me vale o corpo se não for para te abraçar"... Tão lindo quanto verdade.
Esse abraço que me desarmou desde o primeiro, esse à-vontade que me faz sentir tão eu, esse sorriso tão envergonhado quanto sincero, esse toque que me tira o ar e mexe com tudo o que há em mim. É loucura, é ânsia.. os dias passaram a ser ânsia de te ver, de te ler, de te ter. Mexeste com o meu mundo, mas antes disso, e bem mais importante que isso, mexeste comigo.
E sabes tu que são estes amores os mais perigosos? Aqueles que não começam com um corpo, com uns olhos bonitos ou com uma bebedeira e muita carência. Aqueles que começam com um "identifico-me", com um "ele/ela é incrível" ou um "puta de carácter, invejo e admiro".. Esses são fodidos. Porque não se baseiam num corpo que corpos há muitos, não se baseiam num olhar que amanhã desaparece ou num desejo que não passa disso mesmo. Nem se limitam aquele "gosto muito mas passo bem um dia sem", "adoro mas hoje gostava de ficar sozinha/o"... Não.
Os fodidos são os que nos arrebatam sem nos apercebermos, sem estarmos à espera, sem aparecer sequer o desejo primeiro. São aqueles que, por muito que tentes, nao te saem da cabeça, onde até os silêncios são agradáveis desde que possa estar simplesmente a olhar-te, em que o dia só ganha sentido depois do teu bom dia, em que é impensável não te escrever assim que acordo e sei que fazes o mesmo.
Pensava eu que já não encontrava pessoas assim, pensava eu que teriam de ter 50 anos para dar valor ao mesmo que eu. Pensava eu ser uma insuportável e incompreensível apaixonada por besteiras. Pensava eu ser a única a acreditar e desejar um amor à antiga.. com respeito, esforços, dedicação, carinho, cedências, gargalhadas, luta, felicidade, honestidade, e principalmente, amor. Até que tu apareceste. De fininho, sem eu dar por ela, nem tu.. E de repente um dia sem ti era pesado, o sorriso não era tão fácil. E de repente a preocupação era desproporcional à nossa "relação". E de repente o sol brilhava mais quando tu aparecias. E de repente dizes-me um "parei o mundo e saí sozinho" e o meu mundo parou. Parou, como se de mais nada servisse ele orbitar. Parou, como se o combustível tivesse acabado. Parou, como se tivesse deixado de existir qualquer vontade para o que quer que fosse.
Do que vale ser se tu nao vês, não estás, não sentes?... E aí vi, que já estava. Numa daquelas bem fodidas, bem reais, bem verdadeiras. Custou a aceitar admito.. Custou a perceber que não podia enganar-me mais. Aqueles detalhes... como o reparo de alguém que te vê todos dias e te diz q andas mais feliz... Como não te lembrares da última vez que te sentiste desmotivada ou abafada com aqueles problemas tao teus... Como ires às tuas redes sociais e perceberes que as tuas fotos desde então são com um sorriso inexplicavelmente leve, sentido, feliz. E até nisso foi perfeito, eu assumi para mim, insinuei para ti, e tu mostraste me o que eu mais queria ver.. Era recíproco. Estávamos os dois... fodidos... Mas tão felizes. E o que custa estar fodido se se está feliz? E o que custa estar apaixonado se se sabe que se encontrou o sitio ao qual se pertence? E o que custa ter medo se se sente que é possível.
Hoje, conosco, não sou feliz só quando estás, sou feliz sempre, sempre... Porque sei que te tenho. Não estou nem a passar uma fase feliz, porque ser e estar feliz são coisas bem diferentes e eu sou e sinto me irremediavelmente feliz. Deixei te para trás, e não podia sentir-te mais perto. Estás aqui, em mim, exactamente como começou, exactamente como tinha que ser. Continuas a sentir-me aí? Na mesa 4? Na nossa mesa, no nosso mundo, na nossa loucura? Espero que sim... Porque tu continuas a fazer parte de mim. Respiro fundo e é como se só tu existisses naquele momento. Tu, que é como quem diz, nós. O corpo treme, a alma treme, o sorriso aparece e não há nada que pare estas 324000 borboletas em mim. Se te quero? Muito. Se te deveria querer? Não tanto. Mas quero.. Quero estar contigo, quero ter-te, quero fazer te feliz, quero ver te brilhar a meu lado, quero.. Quero tudo.
"Há qualquer coisa de insuportavelmente bom quando dizes que sou teu" parece me uma boa definição de amor e isto basta-me para definir o que quero, o que preciso.