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Miss Gemini's Blog

Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras... Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.

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Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras... Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.

Términos

Uma das coisas que dói quando finalmente ganhas força para sair daquela relação que tanto te magoa é o facto de ganhares vergonha de contar as coisas que tu permitiste que te fizessem. Isto é amadurecer, também, e é doloroso.

Quando deixas de querer apontar o dedo, falar no que o outro te fez, as formas como te desrespeitou e maguou, porque percebes finalmente que isso diz mais sobre ti do que sobre o outro. Como é que tu aceitaste tudo aquilo? Onde estava o teu amor e respeito por ti mesma? Que valor tens tu aos teus olhos para permitires que alguém te trate assim?

E não digo que não aproveites para te tirar do pedestal e assumir as tuas próprias falhas, ninguém é perfeito, e se achas que não erraste em nada, é muito provável que estejas enganada. Narcisistas e tóxicos existem, mas são uma minoria.

Agora que sabes que nem tu te deste o devido valor, vais ter que acolher essa versão tua que errou, até para contigo mesma, e ajudá-la a não te trazer ressentimentos. Vais ter que aprender a amá-la e aceitá-la porque faz parte de ti. Principalmente porque queres seguir outro caminho de coração leve, sabendo que és falha mas tens muito valor.

Então queixar-se e vitimizar-se torna-se vergonhoso, pela consciência que ganhamos de que fomos nós que o permitimos. As conversas ficam mais centradas nos outros, porque em nós ainda está tudo despedaçado. A rotina fica mais solitária porque o silêncio é mais confortável do que fingir que está tudo bem. E com o tempo o coração vai-se curando, não com pensos rápidos gentilmente cedidos por outros, mas por te dares tempo de seres, estares, te redescobrires sem máscaras, sem muletas.

Quem és tu? Do que gostas e do que não gostas? O que queres para ti? Quais os valores que regem a tua vida? Tens servido os que mais amas na vida? Tens aproveitado o tempo com os teus? Tens o teu pé de meia? Que tipo de pessoas queres atrair para a tua vida? E quem tens de ser para atrair esse tipo de pessoas? Serias uma mais valia na vida deles? Porque te sujeitaste a tanto? Qual o vazio que tentas preencher?...

E assim, se vai curando um coração, com dias menos maus que outros, tentando não deixar o medo e as distrações ganharem e fazendo conscientemente a escolha de quebrar um ciclo e trabalhar para que o caminho se faça com mais confiança. E com muito mais amor.

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