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Miss Gemini's Blog

Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras... Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.

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Um diário sem folhas, um desabar de tudo o que não tem mais lugar na cabeça. Devaneios e desabafos de uma geminiana tão diferente e tão igual a tantas outras... Sinto mais do que demonstro, sei mais do que aparento.

Benção perigosa

Para quem escreve há sempre uma porta, um refúgio, um porto seguro, uma forma de conseguir organizar as ideias ou libertar o stress. É na escrita que deixamos o que não temos coragem de falar. É na escrita que descobrimos os nossos desejos mais obscuros. É na escrita que tudo ganha forma. E perde. É na escrita que nos descobrimos.
Para quem escreve, os textos são uma extensão de si mesmo. Direi melhor, são o seu verdadeiro eu. Deixamos cair os muros e ficamos no estado mais puro e vulnerável possível. Libertam-se os demônios, assumem-se as loucuras, damos vida às versões mais sinceras de nós mesmos sem a moldagem a que a sociedade nos obriga a todos. No papel, as histórias podem ser inventadas mas terão sempre um fundo de verdade. As emoções são verdadeiras, os desejos deixam de ser reprimidos e as verdades saem nuas e cruas, diretas de onde dói. Sem filtro.


Se isto não é uma benção que cada escritor tem...


Mas como todas as bênçãos, tem as suas desvantagens, porque não se pode ter o melhor de dois mundos. Corremos sempre o risco de sermos lidos. E se isso acontecer, ficamos totalmente expostos. E magoamos, ainda que sem intenção.
Imaginas o que era alguém conseguir ler os teus pensamentos mais protegidos? Imaginas alguém saber exatamente o que te atravessa a alma? É este o risco que o escritor corre.


Porque um escritor não pode deixar de escrever, não tem outro escape, não tem outro hobbie que lhe permita libertar o que não tem mais lugar na cabeça. Para um escritor, quem lhe tira a caneta condena-o à loucura; essa mesma caneta que o expõe demasiado. Condenado à loucura ou ser descoberto...?


Ahhh a benção que não tem um escritor...

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