O dia em que tudo muda
Sinto-me calma. O choro acalmou. Lutei para o mandar embora, usei todas as minhas opções.
Foi estranho, num dia, um só dia... Antes desse dia tudo doía sabes? Se escrevias doía , se não escrevias doía , o que escrevias , como e quando. Se me procuravas, se te desligavas. Tudo doía. Depois houve esse dia... Em que sinto como se algo tivesse morrido em mim. Terá sido mais aquela última sessão de humilhação? O cansaço? Mas isso já acontecia há tanto tempo... Não sei o que provocou esse sentimento mas o certo é que algo morreu em mim. E desse dia em diante... Nada. Só repugna, rancor um pouco também. Dá a ideia que nesse dia aceitei a pessoa que me mostraste ser (tantas vezes com a desculpa de estares irritado) e esqueci aquela que pensava que eras, aquela que criei na minha cabeça e pela qual me apaixonei. Até é logico... Se mataste a pessoa por quem me apaixonei... Deixa de doer. Porque este que aceitei não é quem eu amei. Quem eu amei morreu, e com ele levou a dor. Se ainda penso em nós ? O meu subconsciente está frágil demais ainda e não me permite não sonhar contigo. Mas com a plena consciência de que quem está comigo no sonho não existe. Desejo-te tudo de bom? Não. Desejo-te que te apaixones loucamente por alguém que te faça sofrer tanto, e de preferencia da mesma maneira, que me fizeste sofrer a mim. E serei a pessoa mais feliz no dia em que já nem sofrimento te desejar.